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  • Adobe Portfolio

    Adobe Portfolio

    Portfólio sempre foi um tema complicado. Mesmo o mais perfeito projeto pode ser mal compreendido ou mal visto se não organizado corretamente. Muitos serviços prometem uma organização de portfólio funcional, mas a maioria não funciona como deveria.

    Mesmo os profissionais com conhecimento em programação front-end e web, ou especialistas em web design, possuem dificuldades para organizar projetos tão diferentes entre si em uma mesma página ou conjunto.

    Um dos melhores serviços, porém pouco conhecido, para organização de portfólio é o Adobe Portfolio.

    Behance

    Em 2012, a Adobe adquiriu o Behance por 150 milhões de dólares em dinheiro (ou seja, nada de troca de ações ou acordos posteriores). A ideia da Adobe era vincular a mídia social de portfólios à sua suite Creative Cloud. Com isso a Adobe resolveu vincular o serviço Behance ProSite a todos os clientes de sua plataforma. Em 2016, a Adobe oficializou o nome Adobe Portfolio como uma evolução dessa ferramenta.

    Não é incomum a Adobe comprar softwares e serviços. Seus principais aplicativos como Photoshop, Illustrator, Indesign, Premiere, After Effects e até mesmo a tecnologia aplicada ao Creative Cloud são resultados de compras e evoluções de ferramentas com o passar dos anos.

    Adobe Portfolio

    O Adobe Portfolio é um serviço vinculado ao Adobe Creative Cloud, seja pelo plano de fotografia ou pelo plano completo, que pode ser acessado diretamente pelo painel do Creative Cloud ou através do site https://myportfolio.com.

    O aplicativo web consiste em um conjunto de ferramentas que permite que você faça sua própria página na web, de forma personalizável, a partir de uma série de templates bases. Todos esses templates possuem características básicas, como responsividade, imagens destacadas grandes e opções de criação de páginas.

    Ao escolher o leiaute, caso já possua uma conta no Behance, simplesmente importe os projetos que você já tem cadastrado lá. Caso não tenha, você pode enviar as mídias e detalhes do projeto diretamente pela ferramenta. Agora, se o seu negócio é fotografia, o Adobe Portfolio ainda possui integração com o Lightroom, podendo ser atualizado diretamente pela aplicação mobile ou pela versão 2017, no Desktop. Inclusive, metadados são suportados.

    Uma vez importado seus projetos, você pode adicionar diversas opções, como ícones de mídias sociais, links para páginas externas, adicionar sua identidade visual, modificar cores, editar e adicionar textos, dentre outras opções de design.

    Antes de publicar, você ainda deve configurar as opções do site per si, como título, menus, organizações de dados no geral. Ainda deve especificar o favicon e pode criar um subdomínio myportfolio.com ou usar o seu próprio domínio (porém sem suporte a SSL), seguindo as informações passadas de DNS, em seu registar.

    #Dica: Você pode encontrar o sitemap para utilizar no Google Console através de subdominio.myportfolio.com/sitemap.xml.

    Uma solução rápida e prática

    O Adobe Portfolio é uma solução eficiente que resolve a maioria dos casos. Possui responsividade, integrações simplificadas e muitas opções de personalização. Existem outras ferramentas para portfolios, algumas gratuitas ou vinculadas a templates de CMS, porém nenhuma é realmente tão simplificada. Além disso, a licença Creative Cloud (praticamente obrigatória para quem é designer) já te dá o direito de usar a ferramenta em sua totalidade, sendo, ao menos, uma plataforma a mais para divulgação de trabalho.

  • O Ladrão de Templates Grátis

    O Ladrão de Templates Grátis

    Outro dia andei discutindo com um rapaz pelo Twitter porque ele usa templates free, ou “piratas”, instala em um WordPress e assina como se ele fosse o designer (ou desenvolvedor) responsável. Isso se repete em todos os sites que ele fez, inclusive no seu próprio. Não fez nem questão de mudar uma cor ou uma forma. O problema é que essas pessoas revendem os sites para clientes. Alguns até compram, mas também somente para revender. A discussão começou por conta de uma notícia antiga, sobre o bispo que disse que, para manter seu blog, gasta mais de 107 mil reais por mês e ainda pediu ajuda dos seus seguidores para manter.

    Você sabe quanto custa ser um designer? E quanto custa ser um programador? E pior! Sabe quantas pessoas fizeram faculdade (ou até autodidatas), estudaram muito, fizeram bons cursos e/ou leram bons livros? Pois é… mas para alguns, isso não tem valor.

    Porém, esse rapaz não foi o primeiro a fazer esse tipo de trambicagem. Empresas estão se fortalecendo baseado nessa ideia absurda. Isso está acontecendo muito com gráficas rápidas, que resolvem vender sites para aumentar sua renda. O problema é que elas geralmente não fazem os sites, mas pegam templates grátis e trocam o “desenvolvido por”. E nem tomam o cuidado de disfarçar e no código, podemos até ver o nome dos templates.

    Euclides Site

    Na imagem abaixo, vocês podem ver um detalhe de uma das conversas que eu tive com uma ex-aluna de mídias sociais que trabalhava em uma empresa que fazia esse tipo de “trabalho” (ocultei o nome e a foto porque ela não necessariamente é a responsável, mas uma funcionária).

    Conversa sobre Templates

    Depois dessa conversa ela me bloqueou. Ela e seus colegas de trabalho. Porém, eu fui na página do Facebook deles e deixei uma mensagem “bonita”. Claro, que eles apagaram, aí eu deixava de novo. Mas na terceira vez fiz melhor. Resolvi colocar no Twitter dos clientes deles um link para o site original de onde eles pegavam os templates. Infelizmente, é comum que essas mesmas empresas que prestam esse serviço são quem tomam conta das mídias.

    O Site de um rapaz, chamado Nilton Câmara (que foi a vítima), foi um dos maiores exemplos de cara de pau de uma prestadora de serviço da área de tecnologia. Realmente não mudaram nada, nem uma cor ou um símbolo, e ainda colocaram no canto: Website Design by Conhecimento Digital. Copyright 2012.

    Nilton Camara Site

    Afinal, qual o problema disso?

    Primeiro lugar, vamos a questão ética. Você gostaria de comprar um iPhone 6 da Samsung? Eu sei que a pergunta parece absurda, mas é isso o que acontece. Simplesmente, ao invés de fazer um produto novo, está sendo terceirizado um serviço oferecido. Se você soubesse que poderia ter algo totalmente genérico a um preço muito mais baixo, ou até de graça, você pagaria por essa mão de obra inútil?

    Ainda na questão ética, assinar um projeto de outra pessoa é certo? Imagina se eu assinasse um site feito por outra pessoa, um quadro feito por outro artista. Isso não seria correto e traria grandes problemas para o comprador, que acha que está adquirindo um produto original, quando na verdade, é genérico.

    Segundo, os problemas legais. Terceirizar serviço (quarteirizar) oferecido é ilegal! Eu mesmo já processei uma empresa por isso, e ganhei, sem discussão. Não se pode oferecer um serviço e pagar outra empresa para fazer. Tanto que, no meu caso, resolveram mudar o nome e o tipo de serviço para consultoria. Além disso, isso fere os direitos de propriedade intelectual, que é irrevogável! Isso mesmo, não pode ser repassado para ninguém. A propriedade intelectual garante a autoria de projeto, o que é diferente dos direitos comerciais. O autor pode abrir mãos de seus direitos comerciais, mas não pode se abdicar do intelectual. Roubar a autoria do projeto de outro também é ilegal.

    O que isso traz de ruim para o cliente e para a prestadora de serviços?

    A contratante pode se sentir lesada, pois comprou, muitas vezes, um projeto original. Além disso, o leiaute de uma empresa, instituição ou órgão, deve seguir uma identidade corporativa que é definida em todos os projetos gráficos. O SEO desses templates geralmente não são dos melhores e a semelhança desse site com outros templates genéricos também não são bem trabalhados e podem dificultar o encontro do site pelo Google.

    A prestadora de serviço, além do fato da ilegalidade, também está perdendo experiência e estabilidade no mercado. Tornar-se-á pouco confiável.

    Mas como deve ser feito então?

    Existem 3 formas corretas de trabalhar corretamente com isso:

    1. Criar um Layout e Template Original;
    2. Modificar um Template Free existente, dando devida referência ao template original e deixando claro ao cliente que é uma alteração;
    3. Usar um template free ou pago, mas dar a devida referência ao autor e não ter nenhum lucro direto com isso.

    O site da PortilloDesign usa um CMS próprio, criado por nós, que prentendemos abrir o código futuramente. Porém, também trabalhamos com outros CMSs em alguns clientes, onde todos os sites são montados primeiro no Photoshop e depois implementado no código referente ao CMS escolhido. Cada template é único e pensado para a necessidade e estética de cada cliente. Os layouts não aprovados são jogados na lixeira para que não sejam reaproveitados.

    O blog The Pink Geeks usou um template modificado e as garotas colocaram no rodapé a assinatura junto com os criadores do template original, por exemplo. O Mesmo acontece com o site do E-Farsas, onde ele coloca: “Tema modificado do FabThemes.com”

    Exemplo Geek Pink

    Não tem problema nenhum em usar um template free, só deixe no rodapé o autor original e não cobre por algo autêntico, somente pela modificação que fizer. Não mude a autoria do trabalho, isso não vai desmerecer de forma algum o seu conteúdo. Todas as pessoas confiáveis precisam ser transparentes.

    Concluindo

    Não existe um real monitoramento, registro, fiscalização ou cadastro de empresas e profissionais de TI. Da mesma forma, não existe uma fiscalização sobre o que eles fazem. Existem muitas leis sendo criadas para defender pessoas que aparecem peladas na internet, ou um ou outro xingamento preconceituoso. Mas a parte de negócios continua sendo terra de ninguém. Pessoas disfarçadas de profissionais continuam tripudiando empresários e blogueiros que querem melhorar o seu trabalho.

    Vale lembrar de que de forma alguma você pode pegar um template pronto e simplesmente revender, ou modificar e revender, se você foi contratado para fazer o site. Se a ideia é modificar algo pronto, então deixe isso claro e revelado como o serviço. Lembre-se que terceirização de serviço oferecido é ilegal e anti-ético.

    Existe até uma ferramenta especializada em verificar se o site usa um template comum ou não, para WordPress:
    http://www.wpthemedetector.com

    Mas o que vocês acham disso? Tem uma opinião diferente sobre a ética nesse caso? Deixe sua opinião.