Em Outubro de 2019, o Facebook liberou uma nova forma de postar publicar na timeline no Instagram direto pelo computador, além de permitir que você visualize e gerencie informações sobre seus seguidores e postagens.
Para isso, você precisa possuir uma conta elegível, de negócios ou de produtor de conteúdo, vinculado à uma página do Facebook, e você verá um alerta, no topo de sua página, do novo webapp.
Uma vez conectada sua conta, você pode administrar todas as suas postagens ou criar uma nova. Podendo inclusive, publicar em múltiplas páginas (contas conectadas), tal como fazer transmissões ao vivo, dentre outras opções adicionais.
Através dessa mesma ferramenta, você pode gerenciar o conteúdo de suas páginas, de forma mais simples.
Quando os primeiros celulares com câmera apareceram, eles possuíam sensores simples e baixa qualidade. Com a chegada dos smartphones, a câmera começou a ser uma das características mais exigidas em qualidade pelos consumidores. Porém, as técnicas de pós-processamento e compressão aplicadas nas fotos podem entregar um resultado indesejado ou com uma qualidade aquém do que a câmera pode entregar.
Para resolver esse ponto, diversos apps foram lançados. A Adobe, com conhecimento de causa, resolveu lançar uma versão do Adobe Lightroom CC para smartphones e adicionou a opção de câmera profissional. O Lightroom já é o aplicativo para desktop mais usado por fotógrafos profissionais há anos e agora a versão para mobile e desktop compartilham as mesmas opções (assim como está acontecendo com diversos outros programas da Adobe).
Caso não queira ler o texto, assista o vídeo vertical demonstrando o uso do aplicativo.
O Adobe Lightroom CC está disponível para Android e iOS de forma gratuita. No caso do Android, algumas funções disponíveis estarão disponíveis dependendo do modelo aparelho. Essa distinção do Android acontece por causa da forma com que o app comunica-se com a câmera, obrigando o desenvolvedor a criar algumas soluções específicas por aparelho. Por isso, consulte a página do GooglePlay, caso use Android, para verificar quais dispositivos possuem as funções completas. No caso do iOS, todas as funções estão disponíveis para os dispositivos com ao menos 12Megapixels na câmera.
Câmera
Assim que você abre o app do Adobe Lightroom CC, você verá, no canto inferior direito, a opção de abrir a câmera. Além disso, ele já carrega as fotos mais recentes e álbuns.
De início temos uma câmera comum, com funções comuns da maioria das câmeras digitais, como temporizador e grade. Tirar uma foto com as funções automáticas da câmera já apresentam uma qualidade muito boa em relação aos apps de câmeras normais e até os nativos de alguns smartphones.
A primeira diferença entre as fotos tiradas com a câmera normal e as câmeras dos smartphone é a possibilidade de tirar fotos em DNG. DNG é uma sigla para Digital Negative (Negativo Digital), um formato RAW da Adobe. RAW são formatos de arquivos raiz, ou seja, são as fotos tiradas diretamente pela câmera sem qualquer compressão ou pós-processamento. A vantagem tirar fotos em RAW é que elas são mais ideais para uma edição posterior, pois guardam informações que normalmente são perdidas com a compressão JPG, principalmente quanto a luminosidade. Como nem tudo são flores, esse formato ocupa mais espaço do seu smartphone, então é aconselhável que você use smartphones com ao menos 32GB de espaço interno ou cartão de memória.
Mas atenção, nem todo smartphone Android compatível com o app possui essa opção. Consulte a página do Adobe Lightroom CC, na Google Play Store para mais detalhes.
Para ativar o modo DNG, pressione a sigla (JPG ou DNG) no topo ou lateral do app (dependendo da orientação)
Dentre as opções comuns disponível em todas as áreas da câmera, inclusive no modo automático, vale destacar o Recorte de Layout. Trata-se de uma opção para demarcar com listras todos os pontos da imagem que estão em branco absoluto. Em termos de fotografia, isso é importante para saber onde a foto pode estar “estourando”, indicando áreas muito brancas que não poderão ser editadas posteriormente (pois a diminuição do brilho só a deixaria cinza).
Mas onde o Lightroom se destaca de verdade é no modo PRO. O modo profissional do Adobe Lightroom CC dá opções de exposição, velocidade do obturador, ISO, compensação de cor e, o mais legal, foco manual. Por questão de objetividade, vamos nos concentrar nas funções principais para uma melhor foto em termos de fidelidade, podendo você depois explorar melhor as ferramentas.
O modo de exposição permite você adicionar ou remover luminosidade à imagem. O controle de Exposição está definido pelo botão Exp, no canto inferior ou lateral direita, dependendo da orientação. Basicamente é você deixar a imagem mais clara ou mais escura.
Uma das ferramentas mais importantes é a Velocidade do Obturador, definido pelo botão Sec. A velocidade do Obturar controla o tempo em que o obturador vai ficar aberto para gravar a imagem no sensor. Isso significa que quanto mais tempo aberto, mais luz e, por consequência, mais informação será armazenada.
A velocidade, nessa ferramenta, é definida pela fração de segundo, indo de 1/10000 à 1/4. Quanto mais rápido, menos luz vai entrar, mas você conseguirá pegar imagens onde tem mais movimento (como corridas, eventos esportivos, etc. – use em ambientes claros), e quanto mais lento mais luz vai entrar, o que deixará a foto bem mais nítida, porém você deverá deixar a câmera imóvel – ideal uso de tripé – por mais tempo. A velocidade baixa é excelente para fotos em locais mais escuros (dispensando, muitas vezes, até o flash), natureza morta e objetos que exijam muitos detalhes. Você deverá ajustar essa configuração de acordo com cada caso.
A segunda função mais importante é o Foco Manual, definido pelo ícone [+]. Por padrão o foco está no automático e pode ser definido com o toque na tela, como a câmera nativa. Porém, você poderá controlar o foco manualmente, mesmo com smartphone de apenas uma câmera, e isso dá resultados muito interessantes. Vale salientar que isso é um foco real e não um pós-processamento comum em muitos aparelhos. A linha do foco vai de mais perto (ideal para macros) para mais longe (ideal para imagens em campos abertos), que você pode alternar pelo ponto que você deseja que seja o seu assunto da foto.
Você deve ter reparado que o objeto em foco ficou com um contorno verde. Essa detecção de bordas é fundamental para você entender bem onde está o foco. Diferente de câmeras profissionais, que possuem o visor (Viewfinder) – o buraquinho para colocar o olho – o smartphone é totalmente dependente da tela. Como uma tela possui limitações, as bordas ajudam a ter mais certeza de onde está o foco da imagem.
Lembrando que o resultado final, obviamente, não gravará as linhas de bordas.
O último modo a ser apresentado é o HDR. O High Dynamic Range (HDR) é uma técnica de sobreposição de diversas fotos tiradas em exposições diferentes, que são mescladas para tirar uma foto mais natural.
Quando olhamos para uma parede com uma janela, ou o céu através dos galhos das árvores, nossos olhos e nosso cérebro conseguem interpretar as nuances de luminosidade em cada assunto. A lente, entretanto, não consegue fazer o mesmo, precisando focar a luminosidade a partir de um ponto específico. Quando você alterna a exposição você está justamente modificando o ponto de qual luminosidade o sensor deve se basear.
Para poder usar o modo HDR é importante que o usuário use um tripé ou não se mexa, pois várias fotos serão tiradas em um curto intervalo de tempo, em exposições diferentes. O processamento do HDR ocorre aos poucos, em plano de fundo, pelo aplicativo, de forma que poderá demorar um pouco para a imagem aparecer na biblioteca. Esse processamento consiste na junção inteligente dessas imagens ao ponto que seja ajustado para que os tons fiquem mais fiéis ao olho humano. O Adobe Lightroom CC ainda irá fazer um ajuste automático da imagem, que poderá ser desfeito ou modificado de acordo com a vontade do fotógrafo.
No modo HDR você ainda tem ainda algumas ferramentas, como foco e exposição. Foto após o processamento do HDR
Ferramentas de Edição
Após tirar a fotografia, você provavelmente irá querer ajustar brilho, contraste, nitidez, cores, etc. O Adobe Lightroom CC mobile traz as mesmas opções que estão incluídas na versão desktop. Para quem é assinante da Adobe, ainda tem algumas opções a mais, mas iremos nos concentrar nas principais opções disponíveis na versão gratuita.
Entretanto, se você possuir um dos planos, a foto será sincronizada com o Adobe Cloud, ficando disponível na versão web ou desktop do Lightroom, podendo você, se for de sua preferência, editar a foto no iPad, Tablet Android ou no computador.
Para iniciar a edição, basta voltar para a biblioteca e escolher a foto que você deseja editar. Lembre-se que imagens em DNG terão um resultado melhor para edição.
Iniciando pelo controle de luminosidade, o usuário poderá editar o brilho, contraste e pontos claros e escuros específicos na imagem. Apenas com uma foto RAW (neste caso, DNG) você vai conseguir realmente clarear uma foto escura. Se você tentar fazer isso com uma foto JPG, por conta da compactação, simplesmente você vai ter um acinzentado e não os tons reais de cores da imagem.
Quanto ao controle de cores, vale uma observação importante. Além de temperatura, matiz e outras opções mais comuns, você vai encontrar a opção de Vibratilidade e a de Saturação.
Enquanto a Saturação define realmente a intensidade da cor, indo de tons de cinza até cores extremamente intensas, a Vibratilidade aumenta a saturação das cores menos saturadas para que fiquem mais próximas as mais saturadas, deixando a imagem mais homogênea. Quando diminuída, por exemplo, pode previnir que a cor de pele fique muito saturada em imagens muito coloridas (como em fotos tiradas em praias).
A qualidade das cores da imagem vai depender, principalmente, no ajuste refinado entre saturação e vibratilidade. A boa escolha desses tons vai resultar em uma imagem de qualidade ou uma imagem com cores berrantes ou desbotadas.
Alta Vibração e menos SaturaçãoAlta Saturação e menos VibraçãoTons intensos, mas mais homogêneos
O controle de Nitidez é extremamente importante, não apenas pelo que o próprio nome diz (aumentar a nitidez da imagem), como é a área onde se configura o redutor de ruído. Quanto menos luz é captada pelo sensor, mais ruído pode ser causado na imagem. Esse ruído pode atingir toda a composição geral da imagem ou apenas ser variações de cores. Você pode ajustar o redutor de ruído direto nessa ferramenta de Nitidez. Vale lembrar que quanto mais nitidez, mais redução de ruído você deverá usar.
Fotos tiradas com menor tempo de abertura do obturador tende a possuir mais ruídos.
Porém, a nitidez nem sempre é a melhor forma de efetivamente deixar a imagem mais definida. Em uma imagem eletrônica, a nitidez se refere a intensidade do pixel em relação ao pixel mais próximo. Em relação a composição da imagem como um todo, a definição dos objetos devem ser feitas a partir do contraste dos elementos, como em um desenho feito à lápis. A ferramenta Efeitos possui as opções de Claridade e Desembaçar que adicionarão uma definição maior da imagem. Para isso, ela mexerá em pontos específicos dos níveis e contrastes e sua intensidade poderá ser reduzida ou aumentada de acordo com o resultado desejado.
Vale salientar que o ajuste de Claridade aumenta o contraste pela mesma forma que a claridade do sol deixa a sombra mais escura e, por isso, com os elementos mais definidos.
A foto DNG não pode ser compartilhada diretamente e não estará em seu app de fotos. Para exportar a foto, você deverá clicar no ícone de compartilhamento e escolher a opção desejada. Ao salvar no rolo da câmera, o Adobe Lightroom CC irá perguntar se você quer salvar em uma resolução mais leve, para publicar em mídias sociais, ou com a maior resolução possível, o que dependerá da quantidade de megapixels de seu dispositivo.
Concluindo
Tirar fotos com o smartphone, de forma mais profissional, é ideal para quem trabalha com social media, websites, e-commerces e outros ambientes que exijam o compartilhamento rápido digital. Com configurações mais refinadas, é possível chegar a fotografias bem próximas a câmeras profissionais ou, ao menos, suficientes para a maioria dos casos.
O que vimos aqui foram as principais ferramentas, com dicas para melhor qualidade de foto. O ideal é que você pratique, teste, experimente a maior quantidade possível de opções e ferramentas, para chegar no resultado ideal para você.
O Adobe Lightroom CC é gratuito, mas há mais opções disponíveis para quem usa qualquer um dos planos da Adobe.
Dica: Você pode usar uma lente macro simples para tirar foto de animais pequenos, com ajuda do foco manual e da abertura do obturador.
Supostamente devido a pressão das empresas de stock photos, o Google removeu a opção de visualizar a imagem no Images. A atualização ocorreu pouco tempo depois do Google fechar um acordo com o GettyImages para reduzir o uso de imagens pirateadas. Além disso, o alerta sobre direitos autorais ainda está mais visível.
Essa empecilho não impede no entanto de abrir a imagem em uma nova guia a partir da URL.
O Google oficialmente afirma que essa opção dá acesso a conteúdo relevante para o usuário.
Today we're launching some changes on Google Images to help connect users and useful websites. This will include removing the View Image button. The Visit button remains, so users can see images in the context of the webpages they're on. pic.twitter.com/n76KUj4ioD
No último dia 24 de Janeiro, a Adobe liberou uma atualização para o Adobe Photoshop CC 2018. O principal recurso lançado nessa atualização é novo botão SELECIONAR ASSUNTO.
Esse novo recurso permite que um determinado contexto seja selecionado mais rapidamente, principalmente em objetos reconhecíveis por inteligência artificial.
Para utilizar, simplesmente utilize a ferramenta de varinha mágica ou pincél de seleção e, após selecionar parte do contexto requerido, clique no botão SELECIONAR ASSUNTO, no canto superior direito (na barra de propriedades). Confirme a alteração e ele irá executar o processo de seleção do elemento escolhido, baseado em sua seleção anterior.
Essa nova ferramenta foi possível graças a nova tecnologia de inteligência artificial da Adobe, chamada Adobe Sensei, apresentada em 2016. Essa tecnologia reconhece o objeto ou elemento selecionado e faz uma varredura para entender o que o compõe, por isso ela é mais funcional em elementos objetivos, como animais, objetos e pessoas.
A nova opção já está disponível para todos os assinantes da Creative Cloud
Portfólio sempre foi um tema complicado. Mesmo o mais perfeito projeto pode ser mal compreendido ou mal visto se não organizado corretamente. Muitos serviços prometem uma organização de portfólio funcional, mas a maioria não funciona como deveria.
Mesmo os profissionais com conhecimento em programação front-end e web, ou especialistas em web design, possuem dificuldades para organizar projetos tão diferentes entre si em uma mesma página ou conjunto.
Um dos melhores serviços, porém pouco conhecido, para organização de portfólio é o Adobe Portfolio.
Behance
Em 2012, a Adobe adquiriu o Behance por 150 milhões de dólares em dinheiro (ou seja, nada de troca de ações ou acordos posteriores). A ideia da Adobe era vincular a mídia social de portfólios à sua suite Creative Cloud. Com isso a Adobe resolveu vincular o serviço Behance ProSite a todos os clientes de sua plataforma. Em 2016, a Adobe oficializou o nome Adobe Portfolio como uma evolução dessa ferramenta.
Não é incomum a Adobe comprar softwares e serviços. Seus principais aplicativos como Photoshop, Illustrator, Indesign, Premiere, After Effects e até mesmo a tecnologia aplicada ao Creative Cloud são resultados de compras e evoluções de ferramentas com o passar dos anos.
Adobe Portfolio
O Adobe Portfolio é um serviço vinculado ao Adobe Creative Cloud, seja pelo plano de fotografia ou pelo plano completo, que pode ser acessado diretamente pelo painel do Creative Cloud ou através do site https://myportfolio.com.
O aplicativo web consiste em um conjunto de ferramentas que permite que você faça sua própria página na web, de forma personalizável, a partir de uma série de templates bases. Todos esses templates possuem características básicas, como responsividade, imagens destacadas grandes e opções de criação de páginas.
Ao escolher o leiaute, caso já possua uma conta no Behance, simplesmente importe os projetos que você já tem cadastrado lá. Caso não tenha, você pode enviar as mídias e detalhes do projeto diretamente pela ferramenta. Agora, se o seu negócio é fotografia, o Adobe Portfolio ainda possui integração com o Lightroom, podendo ser atualizado diretamente pela aplicação mobile ou pela versão 2017, no Desktop. Inclusive, metadados são suportados.
Uma vez importado seus projetos, você pode adicionar diversas opções, como ícones de mídias sociais, links para páginas externas, adicionar sua identidade visual, modificar cores, editar e adicionar textos, dentre outras opções de design.
Antes de publicar, você ainda deve configurar as opções do site per si, como título, menus, organizações de dados no geral. Ainda deve especificar o favicon e pode criar um subdomínio myportfolio.com ou usar o seu próprio domínio (porém sem suporte a SSL), seguindo as informações passadas de DNS, em seu registar.
#Dica: Você pode encontrar o sitemap para utilizar no Google Console através de subdominio.myportfolio.com/sitemap.xml.
Uma solução rápida e prática
O Adobe Portfolio é uma solução eficiente que resolve a maioria dos casos. Possui responsividade, integrações simplificadas e muitas opções de personalização. Existem outras ferramentas para portfolios, algumas gratuitas ou vinculadas a templates de CMS, porém nenhuma é realmente tão simplificada. Além disso, a licença Creative Cloud (praticamente obrigatória para quem é designer) já te dá o direito de usar a ferramenta em sua totalidade, sendo, ao menos, uma plataforma a mais para divulgação de trabalho.
Todo mundo que trabalha com design, fotografia ou simplesmente é um entusiasta em edição de fotos, certamento já deve ter ouvido falar do Photoshop. Todavia, há outras boas opções no mercado. Uma das mais recentes e mais fortes é o Pixelmator Pro, versão ainda mais completa do já muito bom Pixelmator, conhecido editor de imagens para Macintosh.
Interface Gráfica
O Pixelmator Pro foi criado pensando em profissionais de fotografia e manipulação digital. Por ser exclusivo para Mac e construído em cima da API Metal, toda sua estrutura gráfica segue os padrões usados na plataforma.
A tela de criação de novo arquivo agora mostra uma série de formatos pré-definidos. O mais interessante é que além de formatos mais conhecidos, como tamanhos de papel e de vídeo, sãos as predefinições de mídias sociais, que apresentam especificações prontas para diversos padrões de imagens para Instagram, Facebook, Twitter e outros.
A tela ainda permite escolher a profundidade de cor (até 16 bits) e tipos de unidade de medida para especificar o novo documento.
A interface do Pixelmator Pro apresenta uma formatação muito comum em aplicativos para correção de fotografia, com a maioria das opções e ferramentas apresentadas no lado direito da tela, deixando praticamente todo resto do espaço para a visualização do projeto. Ele segue uma estrutura bem similar ao Pixelmator para iPad. Ainda há algumas opções a mais no topo, como abas (quando necessário) e uma barra de camadas à esquerda, quando houver mais de uma.
Diferente de seu antecessor, essa versão do Pixelmator agora traz uma uma iconografia monocromática em cinzas, tal como sua tipografia, para não distrair o profissional.
Pincel e Pintura
A ferramenta pincel apresenta uma variedade enorme de pontas e compatibilidade com diversas pen-mouses e tablets. Totalmente personalizável, ela simula bem o comportamento de mistura de tintas e também permite importar e exportar pontas.
Ferramenta Organizar
Aqui a ferramenta mover / selecionar, equivalente, é nomeada de Organizar. Através dela você consegue modificar propriedades do documento ou de suas camadas, como rotacionar, ampliar, mover, alinhar e outros pontos organizacionais.
O diferencial aqui está no fato de que o controle é totalmente adaptado para os movimentos do trackpad.
Recortando um Objeto da Cena
Talvez um dos mais impressionantes recursos do Pixelmator Pro seja a ferramenta de Seleção Rápida. Ela funciona como uma mescla de Varinha Mágica com Pincel de Seleção, se comparado com o sistema da Adobe. É mostrado primeiro uma pré-visualização e, ao arrastar, o usuário pode definir a área de recorte de forma realmente rápida e simples e, o melhor, com uma qualidade que nos deixa realmente impressionados.
Uma outra promessa extremamente curiosa da aplicação é que ela promete a nomeação automática de camadas a partir de Machine Learning. Dessa forma, o designer não precisa se preocupar tanto com a nomeação de camadas e será mais simples uma atualização ou manutenção desse documento.
Ajustes de Fotos
Muito além dos ajustes de fotos tradicionais, que precisam de painéis e seleções individuais, o Pixelmator Pro apresenta uma área que é muito similar a editores de câmera RAW, inclusive o próprio Lightroom, porém com a vantagem adicional de ser possível salvar predefinições para que sejam utilizadas posteriormente. Ainda possui o modo que garante que a imagem original sempre seja preservada, lembrando muito a nova versão do software para fotografia da Adobe.
Efeitos e Pseudo Filtros
A opção de efeitos, que fizeram tanto sucesso no Pixelmator vanilla está de volta na versão Pro, porém mais poderoso, usando a segunda versão da API Metal, da Apple. Graças ao Metal, o uso otimizado da GPU permite que efeitos sejam aplicados e visualizados em tempo real, mesmo em imagens mais pesadas. Nos testes usamos um MacBook Pro de entrada, Mid 2012, sem GPU dedicada, e tivemos um resultado surpreendentemente bom mesmo com imagens de alta resolução.
O Pixelmator Pro traz efeitos já conhecidos de distorção, desfoque, mosaico, nitidez, dentre outros, e mais alguns que são exclusivos da plataforma, como o divertidíssimo efeito Caleidoscópio. Cada efeito tem suas particularidades e pode ser editados a partir de alças que são visualizados por cima da imagem.
Vetores
Em sua versão comum, é apresentado um conjunto de ferramentas vetorais com estilos e predefinições intitulado de Vectomator. Além de disponibilizar uma série de ícones e vetores prontos (a maioria precisa ser baixado), você ainda pode desenhar vetores simples de uma forma muito similar ao Illustrator. Infelizmente, sua exportação fica restrita a imagens matriciais, não sendo funcional para criação, por exemplo, de identidades visuais.
Tipografia
A tipografia talvez seja o ponto mais fraco da ferramenta. Apesar do excelente acabamento tipográfico do MacOSX, as funcionalidades entregadas pelo Pixelmator Pro são muito limitadas. Apesar de haver opções interessantes, o aplicativo não entrega tudo o que poderia, obrigando o usuário a ter que converter o texto para forma ou pixel para que possa usar opções comuns, como sombra projetada.
Uma Verdadeira Opção ao Photoshop
Ninguém duvida que o Photoshop é uma aplicação extremamente robusta e completa. Todavia, está anos parado no tempo no quesito usabilidade e interface gráfica. Muitos filtros do Photoshop ainda não usam bem a GPU e não possui resposta em tempo real na maioria de seus filtros e efeitos. Já o Pixelmator, talvez por ser uma empresa jovem, ou por ser exclusivo para MacOSX pode, assim, usar em totalidade API da Maçã. O resultado é mais poder de processamento gráfico para gerar resultados impressionantes.
Sendo uma opção muito boa, o Pixelmator Pro é ideal para retoques de fotos, composições e criação de anúncios para mídias sociais, web, ícones e diversos assets para projetos gráficos. Porém pode ser extremamente bem usado também para material impresso.
Com o preço único de 59,90 dólares (aproximadamente 200 reais), o Pixelmator Pro, se seguir o método de sua versão anterior, vai receber ainda diversas atualizações e se tornará talvez a melhor opção para edição de fotos para usuários MacOSX.
E você? Já conhecia o Pixelmator? Já tem opinião sobre esse aplicativo? Deixe seu comentário.
Talvez um dos assuntos mais polêmicos na área do design gráfico é a preparação para impressão. Não espere aqui um tutorial sobre como preparar seu arquivo no Photoshop, Illustrator ou InDesign, nada disso. Precisamos falar sobre questões teóricas acerca da tecnologia da impressão para que você, designer ou aspirante, compreenda melhor e tome decisões racionais acerca do material impresso. Para isso, vamos precisar entender um pouco de história.
O ano é 1985 e a Apple havia lançado a pouco o Macintosh. Esse computador nos trazia uma tecnologia surpreendente de uso de tipografias fantásticas na tela, porém, apenas na tela. As impressoras matriciais eram as principais tecnologias de impressão. A editoração eletrônica ainda era um mercado inexistente. Até que uma nova empresa apareceu no mercado, a Adobe, trazendo uma nova tecnologia no quesito de WYSIWYG (What You See Is What You Get – O que você vê é o que você obtém): a tecnologia PostScript.
PostScript é uma linguagem de programação que descreve o comportamento de uma página para um dispositivo de saída, em especial uma impressora. Ela foi criada com o objetivo específico de montar páginas, imagens e tipografias para interpretação de impressoras à laser, fazendo com que o Macintosh realmente pudesse imprimir as impressionantes tipografias que estavam na tela. Graças a isso, foi criado um novo e fascinante mercado que abriu as portas da tecnologia da informação aos profissionais de design gráfico. Com o tempo, foi se tornando mais e mais integrada, graças a programas como o Illustrator, CorelDRAW, PhotoPhinish, Pagemaker e demais.
Mas como funciona a impressora e a impressão?
A impressora recebe as informações da página através de um sistema/equipamento chamado spooler. Esse spooler codifica e descreve as informações passadas pelo computador para informações que a impressora consegue interpretar. Existem diferentes tipos de impressoras e cada uma se comporta de uma forma específica, mas vamos nos focar nos tipos de impressoras que usam tecnologias WYSIWYG.
Hoje, os dois principais métodos de impressão profissional mais usados são os chamados Impressão Offset e Impressão Digital.
Na Impressão Offset, a gráfica cria chapas de impressão, que serão usadas como uma espécie de “carimbo” para cada cor usada. Nas chapas, as retículas (pequenos pontos que compõe a imagem) já estão estabelecidas. O mesmo papel então passa por todas as chapas que “carimbam” a cor. Quando a impressora trabalha com mais de uma cor, as retículas, por estarem muito próximas, dão a sensação de que novas cores foram geradas. A esse fenômeno damos o nome de cores subtrativas. Ao usar o CMYK, quatro chapas passam pelo papel. Caso haja uma cor especial a mais, como dourado, prateado, verniz ou cores fora do gamut comum, uma chapa adicional é colocada para essa cor. Por usar chapas, ou seja, um processo mecânico e analógico, esse sistema é mais recomendado para grandes tiragens, pois a chapa é o maior custo da impressão, em contra partida a impressão em volume é muito mais rápida. Nesse caso, o PostScript está não na impressora em si, mas no equipamento que vai gerar a matriz.
Exemplo de chapa flexível em uma impressora offset.
Por outro lado, a Impressão Digital (nada a ver com o dedo) destina-se ao conceito mais linear onde a impressão das cores são feitas diretamente no papel simultaneamente, através de um processo direto sem matriz. Daí vem as impressoras à laser, jato, plotters, etc. Esse processo é muito interessante pois você tem uma resposta direta ao material que está produzindo. Para pequenas tiragens ele pode ser o ideal porque não precisa da criação de chapas, porém acaba por ser um processo lento por depender de informações passadas para a impressora. Nesse caso, o PostScript tende a estar diretamente na impressora ou em um spooler externo. A impressão digital também é muito usada para fazer provas, pois ajudará o gráfico (profissional de uma gráfica) a fazer ajustes e testes que calibrem melhor para aquele resultado aprovado.
Hoje, a tecnologia de impressão digital vem melhorando muito, com impressoras cada vez mais rápidas e com mais quantidade de cores, garantindo melhor qualidade com degradês, que antes só eram atingidos por impressão offset. Não é muito incomum você encontrar processos híbridos, onde apenas as cores especiais são adicionadas por offset e a impressão CMYK é feita diretamente pelas impressoras digitais.
Para entender mais sobre cores, leia nosso artigo sobre fidelidade de cores na impressão:
Antes mesmo de preparar o arquivo, precisamos entender os tipos de imagens computacionais existentes. Podemos gerar imagens de três de formas: Matricial, Vetorial e Fractal. Como fractal é algo específico para simulações e ambientação 3D, não iremos nos prender a esse tipo de imagem agora. Porém, se quiser saber mais, leia nosso artigo sobre O Número de Ouro no Design.
Imagens Vetoriais: São imagens geradas a partir de cálculos matemáticos vetoriais, ou seja, que representam uma função e é estendida em um plano cartesiano. Cada função é definida por equações que determinam as localizações de seus pontos. São totalmente baseadas na geometria euclidiana e utilizam cálculos feitos em tempo real para imprimir a imagem na tela. O que é armazenado em memória são as informações das equações. A cada vez que a imagem é exibida ela precisa ser renderizada novamente pelo processador. Por ela ser gerada de forma dinâmica, a qualidade dela não é perdida, pois sempre que altera um tamanho são recalculados os traços a partir de novos valores dessa equação.
São exemplos de arquivos de imagens vetorais os arquivos gerados nativamente pelo Illustrator, CorelDRAW e instruções como SVG, EPS, tipografias em geral, etc.
O comprimento de um vetor é expressado pela seguinte equação (considerando apenas duas dimensões):
Para adicionar mais dimensões (sim, é possível trabalhar com mais do que 3, mas aí você começa a adentrar o fractal), basta adicionar mais um somando à equação, que corresponda ao eixo desejado.
Imagens Matriciais: São imagens compostas por uma matriz matemática que define informações através de blocos. Uma matriz nada mais é do que um arranjo (array) em duas dimensões. Cada informação pode conter outras matrizes, matematicamente falando, ou vetores nela. Imagens matriciais são altamente usadas na área de fotografia por poderem guardar informações individualmente em blocos. As imagens matriciais geralmente são confundidas com o modelo Bitmap, até por erro semântico de muitos softwares. Mas Bitmap é na verdade um modelo de cor usado em matrizes que possuem apenas duas variações em cada célula.
São exemplos de arquivos de imagens matriciais os gerados nativamente por programas como Photoshop, CorelPhotoPaint, Paint, pós-processamento de máquinas fotográficas e instruções como JPG, TIFF, PNG, etc.
Uma imagem matricial comum pode ser expressada da seguinte forma:
Entretanto, as imagens matriciais não são apenas formadas por instruções fixas, elas podem ser formadas por camadas sobrepostas, chamadas de canais de cor, que não necessariamente precisam ser de cor, fisicamente falando, mas sim instruções relacionadas com suas matrizes.
Por exemplo, uma imagem RGB possui 3 canais de cor, sendo uma camada para o vermelho, uma camada para o verde e uma para o azul. A Imagem CMYK possui quatro camadas de cor, sendo uma ciano, uma magenta, um amarelo e um preto. Algumas imagens também podem possuir mais camadas que representem cores especiais ou transparência, como no caso do RGBA, onde a quarta camada é chamada de alpha, que corresponde as instruções de transparência.
Programaticamente, o que determina a quantidade de cores que uma imagem matricial pode ter é baseado na quantidade de variações de informação em cada vetor na célula de uma matriz. Ou seja, a quantidade de variações de cada camada de cor. Quanto mais bits em uma imagem, mais cores ela vai ter e é expressada matematicamente pela expressãoX = (2^b)*c, onde X é a quantidade de variações, b é a quantidade de bits por canal e c é a quantidade de canais.
Isso quer dizer que quando a imagem é dita que tem 8 bits e um único canal, ela só pode ter 256 variações (0-255), que é o modelo padrão dos tons de cinza. Caso eu adicione mais canais, no caso do RGB: 3 canais, eu vou ter 256 variações em CADA camada, ou seja, 24 bits. É possível aumentar a quantidade de bits por camada, como 16 ou 32, porém é necessário ter um monitor com um gamut de cores muito maior e também será necessário um poder muito maior de processamento para executar determinadas tarefas nessa imagem. Para a grande maioria dos casos, 8 bits de cor é suficiente. Até porque é raro encontrar impressoras e monitores que façam bom uso de um range superior.
É importante salientar que todo vetor é convertido em matriz em um dispositivo de saída. Mesmo o PostScript sendo capaz de enviar e interpretar cálculos vetoriais, a impressora e o monitor dependem de pontos ou pixels para exibir as imagens.
Resolução e Densidade de Pixels
Diferente do que pode ser aprendido em muitos cursinhos e tutoriais do Youtube, a quantidade de PPI aplicada não é simplesmente 300 para impressão. Na verdade, isso vai depender da aplicabilidade do material que você está construindo.
Resolução é um termo utilizado para compreender a relação entre a quantidade de pontos em uma imagem e o seu tamanho físico. Como estamos tratando de editoração eletrônica, deveremos considerar esses pontos = pixels (mais à frente abordaremos os pontos na impressão). Todo o monitor moderno é composto de uma matriz de pixels que possuem um vetor de 3 pixels dentro deles. Cada pixel no monitor representa diretamente um pixel do seu arquivo. Então quando é usada uma imagem com a resolução 1920×1080 (ou pouco mais de 2 megapixels, pois é o resultado da razão da multiplicação de largura e altura dividido por 1000² – pois mega representa mil kilos) não é uma definição de tamanho físico da imagem, mas sim da quantidade de pontos que a imagem vai ocupar em um dispositivo de saída. Por isso que uma imagem fullHD em um monitor 4K vai parecer menor, mesmo que as telas tenham o mesmo tamanho físico, pois o monitor 4K possui muito mais pixels na mesma área.
A essa densidade de pixels damos o nome de PPI (Pixel per Inch) e ela representa a quantidade de pixels que temos em uma polegada. Dispositivos de saídas digitais são definidos em polegadas diagonais, ou seja, um monitor de 21 polegadas tem a dimensão de 21 polegadas em sua diagonal e a densidade de pixels é a razão entre a quantidade de pixels e suas dimensões. Por exemplo, um monitor de 23 polegadas, Full HD, vai ter menos pontos por polegadas que um monitor de 21 polegadas. Isso porque o monitor de 23 polegadas irá ter pixels maiores ou um espaçamento entre pixels maiores e, literalmente, a nitidez do monitor vai ser pior, por conta de sua baixa densidade de pixels.
Quanto maior o PPI, maior a quantidade de informações em uma polegada diagonal, logo, a imagem será melhor.
Com essa informação, podemos começar a tentar compreender como devemos preparar o arquivo para impressão, pois devemos definir a quantidade de pixels por polegadas para nosso trabalho. Mas aí entramos em um outro problema, as impressoras possuem pixels?
Impressoras não possuem pixels, por tanto, não podemos aplicar a lógica do PPI em impressoras, mas sim o DPI (Dots per Inch) ou Pontos por Polegada. O DPI trabalha com as medidas físicas dos pontos da impressora. Na verdade, tratam-se de pequenas retas extremamente curtas, e por isso seu nome é retícula (lembre-se que uma reta é um conjunto de pontos que não podem ser reconhecidos).
As impressoras trabalham com dois tipos de retículas, as retículas lineares e as retículas estocásticas. Ambos os tipos de retículas ainda podem ter variações em sua padronização e fusão (sobreposição), causando diferentes resultados. As retículas lineares são mais usadas em impressões offset e de grandes formatos. Elas causam um comportamento de pontos que chamamos de rosetas, que são essas pequenas “flores” geradas pela proximidade dos pixels. Essas rosetas podem ser de vários tipos e por isso cabe ao designer observar bem as chapas antes da impressão. Já em impressoras digitais, elas costumam resultar no que chamamos de retículas estocásticas (porém também há offsets que usam esse tipo de retícula), que possuem um pontilhamento menos uniforme e mais sobreposto. Essas retículas, por sua vez, podem ser organizadas de forma padronizada (onde elas respondem a uma lógica matricial) ou por erro difusão (onde são aparentemente mais aleatórias, mas compõe melhor a imagem).
Dica: Para analisar a qualidade dos impressos, use um conta-fios. Caso você não tenha à disposição de conseguir um (pela dificuldade de encontrar), compre uma daquelas lentes macro de 10 reais para smartphones. São suficientes para você visualizar bem as retículas de seu projeto e analisar a qualidade da impressão ou da chapa.
Então, o DPI, diferente do PPI, especifica a quantidade de retículas (ou pontos) supracitadas, em uma polegada quadrada, para ser impresso. Ou seja, uma imagem com muito PPI, por exemplo 600PPI, poderá ter uma perda de qualidade considerável caso a seja impresso em apenas 50DPI. Essa relação pode parecer um pouco complexa, mas o exemplo abaixo poderá ajudar a compreender a diferença.
Existe uma relação entre DPI e PPI? Sim, mas não é um relacionamento direto. Essa relação é mais teórica para que o profissional possa escolher suas imagens (principalmente as que compra) de acordo com sua necessidade. Uma imagem que vai ser impressa em um outdoor, por exemplo possui apenas 10LPI, o que não faz sentido uma imagem muito pesada, se só vai imprimir a 20DPI.
Sim, além de DPI, PPI, você também deve se lembrar de LPI. Em dispositivos que usam meio-tom (ou seja, que a percepção da graduação depende dos espaçamentos dos pontos), trabalha-se com uma unidade de medida de resolução chamada LPI ou Lines Per Inch. Essa unidade de medida usa a quantidade de linhas que há em uma polegada, porque essas linhas especificam os espaçamentos entre os pontos. Isto pois, os dispositivos que trabalham com LPI usam a base de retículas lineares padronizadas para poder gerar suas imagens. O cálculo na verdade é simples, x DPI = 2.x LPI.
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Atualização: Um rapaz na comunidade do Illustrator Brasil no Facebook me lembrou que o LPI não está relacionado apenas a capacidade técnica da impressora, mas a possibilidade do papel de suportar uma impressão mais precisa sem danificá-lo, a partir de sua gramatura. Vale salientar também que isso pode depender também do tipo de pigmento.
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Dessa formas deixamos claro que a relação entre DPI e PPI vai depender da complexidade do documento em relação a quantidade de pontos em sua impressão. Isso quer dizer que de nada adianta você ter uma imagem de 300PPI em uma impressão de 20DPI (como um outdoor), de modo que você pode usar imagens com menor resolução em pixels, garantindo uma maior agilidade e menor custo de desenvolvimento.
ATENÇÃO: Muitas vezes alguns programas e gráficas confundem o termo PPI e DPI, por isso fique atento ao buscar ou utilizar uma imagem de qualidade suficiente.
Tipos de Imagens
Como estamos falando de editoração eletrônica, precisamos conhecer os tipos de imagens que temos disponível no mercado. Cada tipo de imagem trabalha com uma tecnologia específica de compactação e armazenamento, que faz com que ela seja mais ou menos ideal dependendo do tipo de trabalho que vai ser desenvolvida com ela.
Além das imagens de projeto, como .PSD e .PSB (do Photoshop), .AI (do Illustrator), .INDD (do InDesign) e outros formatos que são específicos de certos aplicativos, devemos ficar atentos na hora de utilizarmos fotos e imagens para outros fins.
Sempre que possível é imprescindível que usemos imagens vetoriais, pois elas irão garantir uma melhor adaptação a qualquer PPI ou DPI. Imagens vetoriais podem ser armazenadas em arquivos EPS, SVG e PDF, de forma a ser utilizada em QUALQUER programa gráfico. Mas o problema mesmo é quando entramos para a questão das imagens matriciais. Para imagens matriciais temos, como principais:
PNG: Não deve ser utilizada de forma alguma para impressão. Ela só suporta 24 bits para cores, ou seja, não vai funcionar em CMYK, o que faz ser impossível incorporar um perfil de cor ideal para impressão nela. Muitas pessoas a exportam por conta de sua possibilidade de trabalhar com 32 bits apenas para o canal alpha, de forma a produzir transparência. Mas mais cedo ou mais tarde, ela vai ter que ser convertida para outro formato para imprimir (mesmo que você não perceba), e isso vai causar uma perda de qualidade das cores.
JPG: Não deve ser utilizada para impressão também. O JPG, ou Jpeg, é um tipo de compactação que remove pixels com cores e tons similares e os deixa iguais a outros, reduzindo assim a quantidade de variações dentro da imagem matricial. A imagem JPG compacta essas informações dos pixels e reconstrói as imagens sempre que é aberta. A questão é que sua qualidade de compactação depende de quantos pixels similares ela vai “juntar” em um único modelo de pixel, criando artefatos e borrões. Essa compactação não é tão visível em um display, mas é extremamente visível na impressão, principalmente nas de alta qualidade, por isso não se deve usar esse formato.
TIFF: Agora sim um formato ideal para impressão. Além do suporte a diversos canais (inclusive o alpha), ele permite que você use compactações que não agridam a qualidade da imagem, como o LZW e o ZIP. Estas compactações não removem informações da imagem e isso até ajuda para uma modificação posterior. Em contra partida, por ser bem pouco compactada e compactável, o TIFF apresenta um peso até 40 vezes maior em tamanho de arquivo do que o JPG, mas com uma qualidade infinitamente superior.
Como preparar as fotos e imagens para impressão?
A preparação do arquivo para impressão deve começar desde sua criação. Começando pelas imagens.
O ideal é que antes mesmo de começar a ajustar as fotos, você já saiba qual gráfica vai utilizar. Caso não saiba, você pode configurar (em caso de impressão no Brasil), seu perfil de cores CMYK para FOGRA39, que é uma convenção nacional. Muitas gráficas optam por enviar um arquivo de perfil ICM ou ICC para você. Se for o caso, importe o perfil enviado.
No Photoshop:
No Illustrator:
Caso você use programas similares, como o Affinity, CorelDRAW, Inkscape ou Gimp, procure em suas documentações sobre o gerenciamento de cores.
No caso do Photoshop, você pode trabalhar o arquivo em RGB sem problemas. O importante é você se certificar que está trabalhando com cores de prova. Para isso, acesse o menu Visualizar > Cores de Prova e você poderá trabalhar com cores mais próximas ao impresso, caso seu monitor esteja corretamente calibrado. No caso do Illustrator, essa opção pode ser trocada no menu Arquivo > Modo de Cor do Documento > CMYK e você vai trabalhar com cores mais próximas ao impresso.
Definir 300 DPI PPI é verdade ou mito que é para impressão?
Mito. Isso dependerá completamente do que você vai trabalhar. Outdoors ou outros impressos cujo DPI da impressora não será muito grande, pode utilizar tranquilamente poucos Pixels por Polegada na imagem e não terá perdas de qualidade. Mas se você vai trabalhar com altíssima definição de impressão com até mais que 1000 DPI, e que se trata de conteúdo para ver de perto, você deverá usar imagens com um PPI muito maior.
Em geral, se a ideia for reutilizar a imagem, é ideal que você trabalhe com uma quantidade mais alta de PPI para poder reutilizar em outros projetos. Geralmente para revistas, você deve considerar algo como à partir de 300PPI e não 300PPI exatamente. Quanto mais PPI mais nítida vai ser a imagem final, e em caso de revistas o DPI da impressão costuma ser bem mais alto.
Em contra partida, se o seu foco for ePub ou algo web, depende do seu público. Como calculamos acima, a densidade de pixel média atual para um monitor é de 96PPI. Porém, para smartphones, pode chegar a até mais de 400PPI, então isso vai depender do uso que você fará da sua imagem.
Atenção a você que é usuário do Illustrator. Você deve configurar para que a renderização de efeitos seja feita em 300PPI, caso contrário você poderá encontrar problemas na qualidade da impressão dos mesmos. Uma opção similar deve ser configurada caso use o CorelDRAW ou Inkscape, por isso, fique atento também.
Finalizando o arquivo para Impressão
É importante salientar que os arquivos a serem enviados para a gráfica devem ser o mais bem finalizados possível de acordo com o que a gráfica pede. Siga os padrões pedido pela gráfica e sempre envie os arquivos em PDF. Mas atenção, PDFs tendem a compactar imagens em JPG nos padrões pedidos por muitas gráficas (A maioria pede X1-A). Por isso, opte por desabilitar a compactação das imagens de seu PDF quando for gerá-lo em seu programa.
Fique atento também para incorporar o perfil de cores ao arquivo para que ninguém cometa uma gafe na hora de abri-lo, pois o programa da pessoa pode estar com outro perfil de cores configurado. A incorporação do perfil garante que o que você escolheu esteja atrelado ao arquivo (sabe aquela mensagem sobre perfil que aparece as vezes quando você abre um arquivo no Photoshop?).
Outra opção que você tem ao salvar arquivos para impressão é através do EPS (Encapsulated Post Script) que, diferente do PDF, possui uma informação de página por arquivo. Ou seja, um arquivo uma página. A vantagem desse formato está principalmente na impressão de livros. Apesar de não fazer mais tanta diferença hoje em dia, antigamente o tempo para envio do arquivo para o spooler era muito longo. Esse tempo quando se fala em um livro ilustrado de 400 páginas acabava por sendo muito demorado. Com o EPS você pode enviar apenas a página que pode ter tido um eventual problema, agilizando o processo de produção.
A seleção de DPI é feita apenas no momento da impressão e se a impressora tiver suporte ao DPI desejado. Nem todos os programas possuem essa opção nativamente, mas você sempre poderá configurar o DPI através das opções do sistema operacional. No caso do Windows, as opções avançadas da impressora garantem o acesso ao DPI da impressora (mesmo as caseiras, como na imagem abaixo).
Concluindo
Apesar de parecer um pouco longo, este artigo é apenas uma breve pincelada para introduzir questões acerca de uma melhor impressão. Para saber mais, consulte termos como tipos de rosetas, tabelas de LPIs, moiré, trapping, tipos de impressoras, impressão sobreposta, dispositivos de saída e outras coisas sobre impressão.
Se você ainda não o fez, visite uma gráfica offset e peça para acompanhar o processo de impressão passo a passo. Acompanhe como os profissionais gráficos trabalham, para que você possa entender determinados pontos do processo. Por fim, evite ao máximo gráficas online, pois você não possuirá o controle real da prova e analisar o resultado final da impressão em tempo hábil será uma tarefa difícil.