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    Butterfly Landing

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    Airplane Sky

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    Ice Cream Sunday

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    Pink Rose Flower

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  • Mantis / Louvadeus

    Mantis / Louvadeus

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  • Terceirização Ilícita no Mercado de TI – Uma Abordagem Ética

    Terceirização Ilícita no Mercado de TI – Uma Abordagem Ética

    Antes de mais nada, é importante deixar claro que deve ser considerado não o trecho de um código, como um CMS de código aberto ou algo assim, mas sim o resultado do produto. Por exemplo, um site não é o WordPress, o site é o resultado do conjunto. Da mesma forma, um aplicativo não é uma biblioteca e sim um conjunto de elementos para solucionar um problema.

    Para prosseguir, é necessário definir o termo artefato digital. Em design, consideramos que artefato é o resultado do projeto. Logo, artefato digital é uma referência ao que é oferecido na contratação e resolução do projeto, como um site, uma revista, um sistema, um aplicativo, etc. O ponto onde mais acontece esse tipo de comportamento é na área de criação de sites, onde muitas pessoas, e até empresas, pegam ou compram templates prontos, e mandam para o cliente como algo original.

    Vou listar os argumentos mais comuns daqueles que não veem problemas em revender templates baixados da internet:

    1. Ao adquirir algo gratuito, ele é seu, e, por isso, você pode fazer o que quiser com ele;
    2. Ao comprar ou adquirir o template pronto em um site, nas suas diretrizes e regras, não está evidenciado a proibição e obrigatoriedade de declarar quem foi o autor da obra;
    3. Por modificar cores, logos e inserir conteúdo, eu me torno proprietário e, portanto desenvolvedor daquele site, por isso, posso assinar. O que restringe é você revender aquilo diretamente;
    4. O template foi desenvolvido usando a licença GNU ou Creative Commons;
    5. A empresa onde eu adquiri o template me deu todos os direitos de uso da obra, do artefato.
    6. Simples sacanagem

    Muito bem, dados alguns argumentos, os mais comuns que me foram apresentados, vamos respondê-los:

    1 – Você não pode fazer o que quiser com algo simplesmente porque foi de graça. Você só recebeu o direito de uso. Isso não significa que você possa vender, alugar, utilizar para outros fins, etc. Por exemplo, digamos que você foi sorteado e ganhou um blu-ray dos Vingadores 3D. Ele foi de graça, mas aquela cópia não pode ser alugada para ninguém. Caso você queira alugar, deve comprar uma cópia autorizada legalmente para este fim e, ainda sim, não te dá o direito copiar para revender;

    2 – Direitos intelectuais morais são irrevogáveis. Ou seja, se você desenhou um porco, você nunca vai poder afirmar que não fez o desenho, você não pode vender, repassar, doar nenhum direito intelectual moral sobre a obra. Isso quer dizer que você não pode assinar o trabalho de outra pessoa, de forma alguma, mesmo que permitida pelo autor da obra. Você pode até usar um template como base para seu projeto, mas só para usar seu esqueleto e não para copiar. E, mesmo assim, identificando o original. Se a obra permanecer identificável e for assinada por um terceiro, pode ser declarado plágio ou uso indevido de propriedade intelectual.

    3 – Trocar a cor ou adicionar uma logo, imagens ou conteúdo, não transforma o artefato em si. Tampouco faz de você proprietário da obra. Veja o Orkut, o Facebook ou o Google Plus, por exemplo, você adiciona conteúdo, personaliza sua página, adiciona e retira fotos. A ferramenta em si é que permite você utilizar isso, mas ela não é sua porque você a está moldando ou modificando algumas partes.

    4 – A licença GNU e a Creative Commons te dá a liberdade de utilizar daquele material comercialmente, ou como melhor lhe convier. Isso não quer dizer, porém, que poderá tomar para si os direitos como criador da obra. Novamente aplica-se aqui o caso de direito de uso. No caso do GNU, para softwares, fica claro que deverá ser repassado a fonte para que possa ser modificado, ainda sim, não abdica os direitos intelectuais morais do artefato em questão.

    5 – O que a empresa que vendeu o template, aplicativo ou material digital afirma nunca vai estar acima da legislação do seu país. Assim como dito anteriormente, alguns direitos são irrevogáveis. E mentir para seu cliente, afirmando ter feito algo que você não fez, pode ser enquadrado até (novamente repito, até) como fraude.

    6 – Nem preciso argumentar.

    Mas e quanto as implicações legais?

    Direitos de Propriedade Intelectual

    Segundo o Art. 27, Capítulo II, da LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, “Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.” O autor fez a obra e ponto final. Não se pode passar, por motivos óbvios, a denominação dessa autoria.

    Quanto ao exemplo do bluray dos Avengers 3D, a lei fala, no Capítulo III, “Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei.” Ou seja, o fato de ser gratuito não quer dizer que pode usar a obra de qualquer forma.

    Ainda no Capítulo III: “Art. 38. O autor tem o direito, irrenunciável e inalienável, de receber, no mínimo, cinco por cento sobre o aumento do preço eventualmente verificável em cada revenda de obra de arte ou manuscrito, sendo originais, que houver alienado.” Este trecho deixa claro que o que você conseguiu de graça não pode simplesmente pegar o original e revender, o autor precisaria receber por isso.

    E, o ponto que eu considero mais importante para acabar com a discussão sobre assinar o template feito por outra pessoa, quero deixar esse longo trecho do Capítulo II:
    Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual, deixar de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor e do intérprete, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar-lhes a identidade da seguinte forma:
    I – tratando-se de empresa de radiodifusão, no mesmo horário em que tiver ocorrido a infração, por três dias consecutivos;
    II – tratando-se de publicação gráfica ou fonográfica, mediante inclusão de errata nos exemplares ainda não distribuídos, sem prejuízo de comunicação, com destaque, por três vezes consecutivas em jornal de grande circulação, dos domicílios do autor, do intérprete e do editor ou produtor;
    III – tratando-se de outra forma de utilização, por intermédio da imprensa, na forma a que se refere o inciso anterior.

    Há um consenso geral de que é absurdo você afirmar que compôs uma obra que não compôs, escreveu um livro que nunca escreveu ou  pintou um quadro que nunca pintou. O mesmo deve ser aplicado a qualquer tipo de projeto, incluindo design de interfaces, software, sites, material publicitário, revistas, etc. Por isso, quando o trabalho tem co-autoria, como uma equipe, os nomes de todos devem estar evidenciado, como em editorial ou em um casting de filme.  Mas está claro, por tanto, que, independente do que você considere certo ou errado, de padrões éticos ou não, é COMPLETAMENTE ILEGAL deixar de indicar o autor VERDADEIRO da obra.

    Terceirização de Atividade-Fim ou Quarteirização

    A atividade-fim, como o próprio nome diz, é o objetivo social da empresa, trata-se do que ela faz, o que ela se dispõe a fazer, qual a sua principal função ou funções. Por exemplo, um estúdio de design digital, tem, como sua atividade-fim (dependendo do que está declarado em sua razão social) desenvolver websites, interfaces e soluções para diversas áreas de comunicação. Já uma fábrica de softwares tem como atividade-fim desenvolver soluções para a área da qual ela se propõe.

    Segundo o advogado Paulo Henrique Teixeira, em seu livro Terceirização com Segurança, afirma “A terceirização pode ser aplicada em todas as áreas da empresa definida como atividade-meio. (…) É ilegal a terceirização ligada diretamente ao produto final, ou seja, a atividade-fim. Isolando a atividade-fim, todas as demais podem ser legalmente terceirizadas.” Ou seja, você não pode, em hipótese alguma, terceirizar aquilo que você se propõe a fazer.

    Isso, para alguns, não parece óbvio. Mas a verdade é como se você contratasse uma faxineira para limpar sua casa, só que, em segredo, ela contrata uma outra pessoa por um preço menor, para fazer todo o trabalho. Ou seja, oferece um serviço, não faz, contrata outra pessoa para fazer e ainda sai lucrando com isso. Realmente parece certo para você? Parece certo que uma pessoa ofereça um site para alguém e, em segredo, compra um site de terceiros, mude uma cor e depois entrega? Não me parece algo de boa fé.

    Esse problema não atinge somente pequenas empresas ou a área de TI, em Fevereiro de 2012 a Volkswagen foi condenada por terceirizar atividade-fim. Em muitos casos, esse tipo de comportamento pode ser considerado fraude e causar punições realmente sérias para quem a fizer.

    Uma prática muito comum que vem acontecendo, dentro do mercado de TI, é o pedido de que a pessoa a ser contratada abra um CNPJ e forneça o serviço, como Empreendedor Individual, ao contratante. Apesar de parecer muito interessante por reduzir encargos, as contratantes não repassam esses valores economizados. Por exemplo, digamos que um programador PHP receba um salário de R$3.500,00. Isso quer dizer um custo de aproximadamente R$6.000,00, fora o investimento em equipamento, energia, água, enfim, manutenção do ambiente de trabalho. Agora, o contratado, como CNPJ, irá receber os mesmos R$3.500,00, talvez R$4.000,00, mas sem direito a férias, décimo terceiro, INSS (que não é só aposentadoria, mas também doenças), Seguro Desemprego, FGTS, etc. Além, claro, dos custos com equipamentos próprios e administrativos. Não parece um negócio tão bom assim se parar para pensar não é? Além disso, se o profissional passar mais de 3 dias ou houver comportamento hierárquico, ou seja, sendo subordinado a alguém, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) considera como empregado e a empresa deverá responder por sua ilegalidade.

    Vale salientar, entretanto, que empresas que fazem esse comportamento supracitado estão agindo ilegalmente e podem responder ao TRT e serem obrigados a pagar tudo retroativamente. Mas também não quer dizer que você não deva ter um CNPJ e trabalhar oferecendo serviços, apenas precisa aprender a pesar bem e verificar como está sendo feito, para manter tudo dentro do mercado ético e sadio.

    Mas eu insiro conteúdo, faço modificações, eu devo parar com isso ou fazer de graça?

    Ninguém está afirmando que deve fazer o trabalho de graça. Mas aí é que está a afirmação do tipo de serviço que você oferece. Se você, ou seu cliente, quiserem modificar um template já pronto, você deve prestar-lhe um serviço de consultoria, fazendo parte de sua atividade-fim. Não importa se você é designer, programador ou analista de conteúdo, você pode ser um consultor.

    Como consultor, você vai recomendar a seu cliente qual e onde ele deve comprar o template. Isso é completamente diferente de você afirmar que fez. Você está sendo honesto e mostrando para ele opções. Além disso, você não vai assinar algo que você não fez. A assinatura deve permanecer com a original. E, se você fizer modificações suficientes para julgar que vale a pena a menção de seu nome, divida a autoria. Por exemplo: “Desenvolvido por CoolThemes, adaptado por RodrigoPortillo”. Simples, não é? Assim você afirma que você não desenvolveu, só o adaptou e, ainda, ajudou seu cliente.

    Exemplificando melhor:

    Digamos que você foi contratado para fazer um sistema X. Digamos que você, por desconhecimento em design, optou por usar o Bootstrap. Neste caso, você foi contratado para fazer o sistema e terceirizou parte dele (no caso o Bootstrap), então não há problemas.

    Agora, digamos que você foi contratado para fazer uma interface para um sistema X. Você não pode optar por usar o Bootstrap para ele. Pode até usar a sua base esquelética, mas sua obrigação, como designer de interação, é desenvolver e implementar toda a interface específica e pensada para aquele sistema. Neste caso, há problemas.

    A Polêmica Política

    Desde o final do ano de 2016, um Projeto de Lei que garante terceirização irrestrita está tentando ser aprovado. Do ponto de vista jurídico, isso significa que qualquer empresa poderá contratar qualquer outra empresa para fazer qualquer coisa, mesmo que seja o que ela foi contratada para fazer. Para as empresas, financeiramente, isso é um bom negócio, pois afirma que pode ter todos os seus colaboradores contratados sob o regime de Empreendedor Individual e não precisar pagar nenhum encargo. Da mesma forma, eles podem rescindir desse contrato quando bem entender.  Entretanto, esse projeto teve alguns trechos podados e foi sancionado, no começo de 2017, com ressalvas, pelo então Presidente da República.

    As leis trabalhistas, realmente, em alguns pontos, precisam ser afrouxadas para poder fomentar a contratação por pequenas empresas e trabalhos temporários. Os sindicatos, em sua maioria, estão abusando tanto do contribuinte quanto das questões legais e esquecendo suas funções sociais. Todavia, a terceirização irrestrita pode causar um colapso no número de empregos e até mesmo causar demissões em massa para contratação por CNPJ, além de acordos unilaterais que podem explorar quem não possui conhecimento sobre seus direitos.

    De fato, a terceirização irrestrita traria também um problema filosófico quanto a ética sobre produção e a propriedade intelectual e moral sobre o que está sendo produzido. Afinal, se eu contratar uma empresa para fazer um software, e ela contrata outra mais barata, que, por sua vez, contrata outros três Empreendedores Individuais, de quem é a propriedade moral do projeto? Quais garantias de entrega de qualidade à medida que se diminui o laço de contato e se torna uma rede de “telefone sem fio”?

    ATENÇÃO:

    Para a procuradora do trabalho do MPT/PRT-11, Cirlene Luiza Zimmermann, a Lei 13.429, de 31 de março de 2017, não autorizou expressamente a terceirização na atividade fim das empresas: “A terceirização foi aprovada para a contratação da prestação de serviços determinados e específicos, ou seja, serviços especializados, como era até então, com base no entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho”

    Vale lembrar que o texto do referido projeto de lei foi sancionado com mudanças consideráveis, que seriam revistas com as novas diretrizes da Lei do Trabalho, que foi adiada por conta de todo o processo que atingiu o então presidente da República Michel Temer. Isso quer dizer que a terceirização NÃO é irrestrita ainda, a lei apenas permite a terceirização da atividade fim sob determinadas condições e processos administrativos, como deixa claro a Dra Gisele Leite (http://www.jornaljurid.com.br/colunas/gisele-leite/terceirizacao-e-a-lei-134292017). Ainda, essa nova lei não deixa mais claro a diferença entre atividade-fim e atividade-meio. Porém mesmo com essa nova lei, devido a determinados vetos em seu projeto e o não avanço das novas diretrizes da Lei do Trabalho, dentro dos exemplos supracitados, a quarteirização, no que condiz ao segmento de tecnologia em como é levado, continua ilícita.

    Ah! Portillo! Faça o seu! Vai fazer algo de útil ao invés de ficar fiscalizando os outros

    Primeiro quero deixar claro que eu não saio por aí fiscalizando, mas, como sou do meio, vez ou outra alguém que trabalha em uma empresa dessas me aparece e vou conferir. Eu reconheço quase que na hora um site de feito em template genérico, uma identidade visual que usa logos stock ou um sistema cheio de códigos genéricos.

    O fato é que eu acho muito útil discutir sobre o assunto e denunciar as empresas que agem de forma errada. Como eu denuncio? Geralmente mando uma mensagem pública e, se me xingam, me bloqueiam ou algo assim, eu entro em contato com pelo menos um dos clientes. Por que isso é importante? Porque são essas empresas que destroem o mercado honesto. Um mercado sadio é fundamental para que todos cresçam e se fortaleçam.

    Não só são empresas pequenas que fazem esse tipo de coisa, algumas tem clientes grandes, escritórios grandes. Afinal, é uma forma muito fácil de ganhar dinheiro. Você realmente acha que eu devo ficar calado em quando uma pessoa está sendo tripudiada? E que tal o fato de que enquanto nós, designers e desenvolvedores de verdade, estudamos, pensamos, planejamos,etc., tem um cara cobrando o mesmo, e até mais que a gente, sem fazer trabalho nenhum, só mudando a cor de um objeto. Só esta semana eu vi 3 “estúdios” que tem esse comportamento. O resultado, se deixarmos isso continuar, é a desvalorização da profissão. Desenvolvedores, no geral, já são vistos como preguiçosos e profissão fácil, imagina se esses caras continuarem a agir de má fé desse jeito! Como nós, honestos, seremos vistos?

    Anos atrás eu trabalhava em uma empresa boa, desenvolvendo um sistema em Adobe Flex para controle de estoque. Porém não ganhava o que considero justo. Recebi, então, uma proposta para ser diretor de arte de uma agência web que estava se desenvolvendo. Foi uma proposta razoável e valia a pena arriscar. O problema é que eles estavam se mudando para uma casa e gastaram 10 mil na reforma. Só que nada desse dinheiro foi usado na compra de novos computadores e as máquinas eram realmente ruins (tinha máquina com 512MB de RAM, em 2010). Vendo o problema para desenvolver, cheguei ao dono da empresa e disse: “Olha. Você investiu 10 mil na casa, mas não deu um centavo para compra de computadores, que são as ferramentas de trabalho da empresa. Eles deveriam vir primeiro.” Passou mais duas semanas e nada de computador, resolvi me demitir, disse a ele que não dava e que era impossível trabalhar daquele jeito, então ele pediu uma semana para que o contador ajustasse as coisas.

    Uma semana depois, eu volto e nada. Ele (o dono) só queria me pagar cerca de 25% do combinado do salário e ainda queria que eu passasse uma nota fiscal para ele. Claro, fiquei irritado e disse que era absurdo, afinal, eu fui contratado para trabalhar lá e ele já estava com minha carteira há um mês. Então, não tive outra opção. Acionei a justiça.

    O dono da empresa estava confiante que juiz não ia nem se importar por um mês de trabalho. Mas, era um valor justificável para uma ação. Sumaríssima.

    A advogada dele veio com a defesa de que teriam me achado na internet e contratado para fazer 3 sites que eu nem cheguei a terminar. Como “prova” levaram um print screen do meu site, uma testemunha que nunca me viu e ainda queriam exigir os custos do processo. O juiz, que obviamente era um cara inteligente, olhou tudo e perguntou para a testemunha qual o custo médio de um site. A testemunha responde: “entre dois mil e dois mil e quinhentos reais”. O juiz então viu que o valor que eu estava pedindo correspondia com o salário de um diretor de arte e disse ao dono da empresa: “Terceirização de Serviços Oferecidos é ilegal, por isso, você admite todos os vínculos trabalhistas com o queixante” (não foram bem essas palavras, mas é o que me lembro). E ainda mandou o cara pagar os custos do meu advogado. Quando uma empresa contrata alguém terceirizado para fazer um serviço de sua atividade-fim, ela é obrigada a fazer dele um empregado, ou seja, não pode terceirizar.

    No dia seguinte, o dono da empresa, de pirraça, tirou tudo do nome dele e logo fechou a empresa, o juiz mandou penhorar alguns bens. O cara botou tudo no nome da mulher e até hoje não me pagou tudo. Mas eu fiquei feliz porque ele agora não pode fazer nada até me pagar e nem é tanto assim. Ele criou uma empresa, com o mesmo nome, através de um laranja, só que ele agora usa o nome consultoria, acho que para não passar por isso de novo. Só para constar, ele pula de tipo de serviço a tipo de serviço o tempo todo. Nada do que ele faz dá certo, mas ele sempre usa o mesmo nome na empresa.

    A forma correta de agir

    Para agir corretamente não tem segredo. Basta ser honesto com seu cliente. Se você estudou muito e desenvolveu um site, ótimo, se você acha que o cliente deve usar um template pago, recomende para ele e cobre somente a consultoria. Não fira o direito de propriedade intelectual, cada um merece ser reconhecido por seu trabalho e, além de obrigatório, é a coisa correta a se fazer. Denuncie, relate, use do seu sarcasmo, só não deixe isso passar pela sua frente sem fazer nada.

    Agora, se você ou sua empresa faz isso, pense, repense e lembre-se: Dentro do que foi exemplificado acima, ainda é ilegal, não importa o que você acha. Ajuste-se à ética, ao mercado sadio e ao comportamento de mercado justo e transparente.

  • Sistemas Operacionais (parte 1 – história)

    Sistemas Operacionais (parte 1 – história)

    Quanto vale uma pedra de ouro se não houver uma utilidade para ela? Computadores são apenas pedaços de silício e plástico quando não possuem software para faze-los funcionar. Nos dias de hoje, o principal software para um computador é o Sistema Operacional. É chamado de Sistema Operacional o software, base, que faz o gerenciamento de recursos do hardware e define o modo como este se comunicará com as tarefas e processo de outros softwares.

    Como tudo começou

    No início, na época dos grandes mainframes, você precisava carregar o computador com toda a programação que iria utilizar. O primeiro sistema operacional realmente funcional foi o GM-NAA I/O, da General Motors, criado para funcionar no IBM 704. A ideia era automatizar diversas atividades sem ter que reenviar constantemente códigos bases para fazer uma determinada função, além de gerenciar melhor os recursos do equipamento. Com o tempo, diversas empresas desenvolveram sistemas operacionais para seus mainframes, algumas se especializaram na criação de sistemas para terceiros. O problema é que cada um apresentava características próprias e não possuíam nenhum tipo de comunicação entre si, criando a necessidade, aos poucos, de um padronização.

    IBM 704

    Em 1960, a IBM criou um sistema operacional chamado OS/360, para uma máquina chamada System/360. Várias versões do OS/360 foram desenvolvidos, conforme versões de sua máquina, algumas mais avançadas e outras menos eram lançadas. Algumas versões posteriores desse Sistema Operacional até receberam outros nomes e arquiteturas de terceiros. O fato é que a IBM não foi a única a lançar Sistemas Operacionais, outras instituições, principalmente universidades (ou em acordos com essas), começaram a fazer novos sistemas, como o SCOPE, MACE, NOS, dentre outros.

    Sem dúvida, o mais famoso dos Sistemas Operacionais para mainframes, na época, foi EXEC, para o UNIVAC (UNIVersal Automatic Computer). Um computador que fez muito sucesso entre os anos 50 e 60, principalmente por serem considerados pequenos e mais baratos (chegando até a versões que tinham o tamanho de apenas algumas geladeiras). Dessa forma, esses computadores acabaram por ser mais acessíveis a universidades e pequenas empresas.

    Univac 9400
    Univac 9400-1969

    Todavia, a história do Sistema Operacional que utilizamos hoje, em microcomputadores, está ligada totalmente a história da computação pessoal, em especial, ao que foi considerado o primeiro PC: o Altair 8800.

    Criado com uma das primeiras linhas de microprocessadores da Intel, o Altair 8800, era um microcomputador onde você precisava programar subindo e descendo chaves. Na prática, ele era um kit, e não realmente um computador, destinado a hobbystas. Porém, essa máquina era praticamente inútil, até que Bill Gates e Paul Allen resolveram pegar uma dessas máquinas e portar o BASIC (linguagem de programação) para essa máquina, criando o que seria conhecido como Microsoft-BASIC.

    Os primeiros microcomputadores não rodavam realmente sistemas operacionais, mas algo bem próximo a esses, chamados de Interpretador. Eles rodavam comandos de programação, compilava e executava. Não demorou muito até que a ideia de Sistemas Operacionais, já usada em mainframes, chegassem aos microcomputadores. Afinal, carregar sempre um programa, sem sistema de arquivos, não era algo fácil, e os disquetes estavam começando a se tornar uma realidade.

    Voltando um pouco no tempo, de volta a metade dos anos 60, houve um grande esforço de uma parceria entre o MIT, General Eletronics e da AT&T para a criação de um sistema operacional: o Multics. O problema é que até o final da década, o sistema não ficou pronto. Por conta de incertezas na busca pelo resultado e nos diferentes desejos de implementação de seus criadores, o Multics acabou sendo descontinuado. Porém, em 1969, Ken Thompson, um dos responsáveis pelo projeto, utilizou o seu conhecimento para uma versão menos ambiciosa, denominada então de Unics e, posteriormente, rebatizado como Unix.

    Em 1973, o Unix foi reescrito em C (antes fora escrito em Assembly), pelo próprio Ken Thompson e por Dennis Ritchie (criador da linguagem C). Mais tarde, o Unix começou a ser usado como base para outros sistemas operacionais, principalmente seu o núcleo (kernel), criando assim uma série de derivados. Em especial, podemos destacar o Berkeley Software Distribution, ou BSD. Dessa série de derivados começou-se a criar a família de Sitemas Operacionais Unix ou ix, dos quais veio o POSIX, MINIX, FreeBSD, Solaris, dentre outros, mas ainda não foi agora que o Linux apareceu.

    Terminal de Mainframe Rodando Unix

    Os Sistemas Operacionais para PC

    Voltando aos microcomputadores, logo após o Altair, diversos equipamentos começaram a surgir, com destaque ao Apple II. O Apple II possuía um interpretador BASIC, mas não apenas isso, foi criada, pela Apple o Apple DOS. O nome DOS veio do termo Disk Operating System (guardem bem esse nome), que teve outros derivados, da própria Apple, com o tempo. O fato é que o mercado da Maçã crescia mais e mais na área de computadores pessoais, e a IBM, grande detentora da venda de mainframes, resolveu criar um novo computador. Com uma oferta até então inédita para a companhia, eles criaram o PC-IBM, usando peças de terceiros para compor o computador. Porém, eles precisavam de um Sistema Operacional, e é aí que a história muda.

    A IBM precisava de um sistema operacional para poder vender seu novo computador, porém não tinha tempo para fazer. Afinal, a Apple já estava em alta, e o mercado estava complicado. Dessa forma, a IBM precisava comprar um sistema operacional pronto, foi quando William Gates II fez uma recomendação para os advogados, e outros responsáveis pela IBM, sobre a empresa de seu filho, a Microsoft, já conhecida por portar o BASIC para o Altair e desenvolver alguns programas para Apple II.

    Porém, a Microsoft não possuía sistema operacional, então Bill Gates (William Gates III), sócio fundador da Microsoft, ligou para a maior empresa de Sistemas Operacionais da época, a Digital Researchs, de Gary Kildall, desenvolvedora do CP/M. Infelizmente, a companhia não deu a atenção devida aos representantes da IBM, não finalizando nenhum acordo com a Big Blue (apelido da IBM). Então, a IBM voltou à Microsoft. Desta vez, Bill Gates não perdeu a oportunidade. Steve Ballmer, um dos três fundadores da Microsoft, soube de uma empresa que criou um sistema operacional simples, mas muito funcional. A Seattle Computers havia criado um sistema chamado QDOS, ou Quick and Dirty Operating System (Rápido e Sujo Sistema Operacional), baseado na tecnologia x86, dos processadores da Intel. Estima-se que esse sistema operacional tenha sido comprado por 40 mil dólares, porém isso é incerto, esse sistema foi adaptado e apresentado a IBM pela alcunha de MS-DOS (Microsoft Disk Operating System).

    Fechando o acordo com a IBM, a única exigência da Microsoft era que os direitos de revenda do DOS pudesse ser dela. A IBM não se preocupou com isso, afinal, na época, cada Sistema Operacional era único para um computador, por questão de arquitetura. Algo que fez a IBM se arrepender, em 1982, por causa de uma empresa chamada Compaq e de uma coisa chamada engenharia reversa.

    A Compaq contratou vários engenheiros (que afirmaram nunca ter trabalhado na IBM) que pegaram o computador da Big Blue e, ao ver como ele funcionava, perceberam que era uma amálgama de peças de outros fabricantes. Dessa forma, eles desenvolveram um computador Compaq PC, conhecido como IBM-PC Compatível. Dessa forma, todos os programas que pegavam no IBM-PC já funcionariam no novo computador da Compaq, incluindo o MS-DOS. Essa ideia fez surgir uma série de computadores compatíveis com IBM-PC, e muito mais baratos, criando um mercado forte e altamente competitivo, o que resultou na queda das vendas do Apple II.

    MS-DOS

    O início da Interface Gráfica

    Em 1979, todo mundo esperava alguma novidade da Apple. A IBM estava ainda longe de lançar o PC-IBM, e Apple praticamente tinha um monopólio no mercado de computadores pessoais com seu Apple II. Na época, a Xerox possuía um ambiente focado em pesquisas chamado de PARC (Palo Alto Research Center). Em troca de poder comprar ações, a Xerox abriu suas instalações de pesquisas para a Apple. Steve Jobs, CEO da Apple na época, e outros executivos e engenheiros, foram até o PARC e lhes foram apresentados algumas tecnologias interessantes, como a Ethernet e a Linguagem Orientada a Objetos. Porém, o que realmente impressionou os visitantes foi uma versão bem arcaica de uma interface gráfica, com um dispositivo chamado Mouse, que estava ligado a um computador. Isso foi importante para poder criar o primeiro sistema operacional funcional com interface gráfica, o Lisa OS, para o Apple Lisa.

    Com o avanço da IBM no mercado de computadores pessoais e, posteriormente de clones, a Apple precisava lançar algo novo no mercado. O IBM era mais barato e completo do que o Apple II. O Lisa estava ficando muito caro e a diretoria da Apple resolveu que estava na hora de Jobs procurar outro projeto. Passeando pelas instalações da Apple, ele encontrou um projeto destinado a computadores de baixo custo, o Macintosh. Rapidamente, Jobs afastou Jef Raskin (então criador da ideia) e assumiu o projeto Macintosh, mudando rapidamente seu conceito, porém querendo manter a parte de interação humano-máquina.

    O Macintosh foi criado para ter um sistema operacional revolucionário, com interface gráfica, chamado de MacOS (hoje conhecido como MacOS Classic). Durante a produção do MacOS, diversos desenvolvedores foram chamados para criar programas para ele. Uma das empresas chamadas foi a Microsoft, que uso o acesso antecipado ao MacOS para criar não um sistema operacional ainda, mas uma GUI, Interface Gráfica do Utilizador.

    Quando foi criado, o Windows ainda não era um Sistema Operacional, mas sim uma interface gráfica para o MS-DOS. O Windows só veio se tornar realmente um sistema operacional, com núcleo próprio, com a vinda do Windows NT. Quem tem mais idade vai lembrar que quando você ligava o computador ele iniciava no MS-DOS, sendo necessário digitar win, para usar o Windows.

    No começo, o Macintosh foi um fracasso, que só veio se recuperar anos mais tarde com o advento do PostScript pela Adobe, mas essa já é uma outra história.

    O fato é que pelo Macintosh ser muito caro, os PC-IBM e compatíveis começaram a ganhar mais e mais mercado, e, com isso, a Microsoft começou a ter uma liderança absoluta de mercado.

    Apple Lisa

    Surge o Linux

    Em 1991, Linus Torvalds lançou a primeira versão de um núcleo de sistema operacional chamado de Linux. Diferente do que é divulgado por muitas pessoas, o Linux não é feito em cima do Unix. O Linux foi escrito do zero, inspirado pelo Minix (esse sim um sistema Unix). Torvalds dizia querer criar “um Minix melhor que o Minix”. Porém, este tinha o objetivo de ser simples, mas ainda sim, ser compatível com a grande maioria dos aplicativos para Unix.

    Porém, a ideia de Linus Torvalds era divulgar e abrir o código para que diversas pessoas pudessem colaborar. Com ajuda de diversos outros programadores, a versão 0.02 do núcleo finalmente ficou pronta. Pouco depois, Linux Torvald colocou seu núcleo sobre a licença GNU (GNU Is Not Unix – é o que realmente quer dizer), que foi um sistema operacional, desenvolvido para ser compatível com o Unix, porém sem ter o código fonte do Unix.

    O GNU era um projeto de sistema operacional sem núcleo e o Linux era um núcleo de sistema operacional sem bibliotecas e funções atreladas. Ao atribuir a licença GNU ao Linux, foi criado o GNU/Linux, sistema operacional base para diversas distribuições que surgiriam em seguida.

    Em resumo, o Linux não é Unix, é um núcleo de sistema operacional, que, unido ao GNU, criou o GNU/Linux. Tanto o GNU quanto o Linux foi criado com o objetivo de ser mais simples que o Unix, porém com a compatibilidade para a maioria dos aplicativos Unix.

    Linus Torvalds

    Segundo a licença GNU, qualquer software que a utilize não pode ser fechado. Isto é, tudo deve ter o seu código aberto, disponível para editar o código e fazer o que quiser com ele. Porém Software livre não quer dizer software gratuito. É possível até vender o software, todavia o vendedor deve enviar o código fonte junto e não apenas o executável compilado.

    Com o tempo e divulgação do GNU/Linux, diversas distribuições, baseados neste, foram sendo lançadas. Essas novas versões adicionavam sistemas de janelas, compatibilidade com outros sistemas de arquivos, bibliotecas para determinadas funções, pacotes exclusivos, etc. Essas distribuições eram criadas por terceiros, algumas por governos, outras por empresas que queriam algo mais personalizado para dar foco em uma determinada tarefa. Muitas dessas distribuições também foram criadas por grupos que tinham o interesse de criar sistemas cada vez melhores e mais completos.

    As distribuições linux mais conhecidas hoje são:

    • Mandriva
    • Ubuntu
    • CentOS
    • Solus
    • Arch Linux
    • Fedora
    • SUSE

    Cada uma com um objetivo e conceito diferente. É muito comum, também, uma distribuição Linux se basear em outra. Por exemplo, o Ubuntu é baseado no Debian e o CentOS no Redhat. É importante que o usuário saiba em qual a distribuição que ele usa se baseou, pois alguns comandos podem mudar de uma distribuição para outra.

    Sistemas Operacionais Desktop Contemporâneos

    Hoje, os principais sistemas operacionais que usamos em desktops, servidores e laptops são o Windows, o MacOSX e as distribuições GNU/Linux (como o Ubuntu, Solus, Debian, etc.). Todos esses sistemas possuem versões específicas para usuário comum e para servidores.

    Hoje em dia, todos os sistemas operacionais seguem uma mesma lógica de funcionalidades. Quanto a sua camada direta ao usuário, são formados por um sistema de janelas e um terminal para poder ter um acesso direto as funcionalidades técnicas.

    As particularidades de cada um desses três sistemas, assim como seus sistemas de arquivos e versões, falaremos na parte 2 deste conteúdo.

    Sistemas Operacionais para dispositivos móveis

    Na segunda metade dos anos 2000, com o avanço das plataformas móveis, diversos sistemas operacionais com particularidades diferentes, específicos para esses equipamentos, foram criados. Eles precisavam ser mais leves e continham uma lógica de interação completamente diferente.

    Nessa época foi quando surgiu o Symbian e o BB, da Nokia e Blackberry, respectivamente. Esses sistemas foram responsáveis pela popularização dos smartphones, trazendo acesso a aplicativos de produtividade e segurança, modernos, a usuários mais leigos. Claro, desde os anos 90 haviam sistemas operacionais para computadores de mão (PDA), como o palmOS e o NewtonOS, mas nem de longe conseguiram a popularização dos smartphones.

    Hoje, o Symbian se tornou um sistema utilizado em alguns televisores, principalmente, e a BlackBerry não produz mais aparelhos com o BB10 (sua última versão). Porém a Google está em alta com o Android e a Apple com seu iOS. A Microsoft, que outrora sempre foi presente no mercado de palmtops (os computadores de mão), com seu Windows CE, está em último lugar nos sistemas operacionais para smartphones.

    Falaremos das particularidades dos principais sistemas operacionais para smartphones (Android, iOS e Windows), na parte 2 deste conteúdo.

    Outros Sistemas Operacionais

    Praticamente tudo que tem um microchip, e rode aplicativos, hoje opera através de um sistema operacional. Existem sistemas operacionais em automóveis, em televisores, videogames, em relógios e outros vestíveis, etc. Temos sistemas operacionais dedicados até mesmo em comandar uma casa.

    Porém, em nosso estudo, vamos nos dedicar aos principais sistemas operacionais para microcomputadores e dispositivos móveis, pois a maioria dos sistemas para outros gadgets são criados a partir desses. Além disso, todo o sistema operacional moderno utiliza alguns elementos que são padrões, o que facilitará a compreensão.

    Concluindo

    Nesta primeira parte vimos um pouco da história dos sistemas operacionais e algumas de suas definições. Essa história é importante para que conheçamos posteriormente os componentes dos sistemas operacionais e as peculiaridades disponíveis no mercado.

     

    Este texto foi criado a partir das seguintes fontes:

    Documentário The Code – A história do Linux
    Documentários O Triufo dos Nerds, da ABC
    Livro O Fascinante Império de Steve Jobs
    Livro Computação Gráfica Teoria e Prática
    Site oficial do Projeto GNU
    Site oficial do Debian